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Os significados secretos do dinheiro

Atualizado: 8 de abr.


Nos meus atendimentos de Coaching, em minhas pesquisas e na minha própria busca por construir uma vida com significado me deparo com a influência do dinheiro nas nossas decisões e escolhas.

Tradicionalmente, quando pensamos no assunto, o que nos vem à mente é como ganhar mais ou como viver com menos. Muito possivelmente você já se deparou com algum desejo ou sonho seguido de um pensamento mais ou menos como “quando eu for promovida vou fazer isso” ou “assim que fechar aquele cliente tudo vai se resolver” ou ainda “se vender meu carro e cortar o cartão de crédito estarei livre” ou ainda “o que eu amo fazer não me dá dinheiro”.

Mas você já se perguntou qual é o papel do dinheiro na sua vida? O que ele significa para você? De quanto você realmente precisa? O que é realmente importante para você? Que estilo de vida você quer ter? Como o dinheiro está a serviço dos seus objetivos e valores?

Se aprofundarmos o olhar para esse tema importantíssimo nas nossas vidas veremos que o dinheiro em si é apenas um meio de troca que nos confere um certo poder de compra. Mas o que cada um de nós traz para esse relacionamento são emoções, ambições, sonhos, medos, memórias, frustrações, crenças e uma série de fatores subjetivos que não estamos acostumados a ver.

Buscamos sempre soluções quantitativas (ganhar mais ou viver com menos) para uma relação que é em grande parte emocional. É essencial, portanto, que analisemos como é nossa relação com dinheiro e nossos sentimentos em relação a isso.

Uma importante diferenciação, para começar, é entre preocupação com dinheiro e problema com dinheiro. John Armstrong traz em seu livro Como se preocupar menos com dinheiro (da coleção The School of Life) as seguintes definições: um problema é algo concreto que demanda ação direta: “o condomínio vence amanhã e minha conta está negativa”. Nesse caso cabe a solução quantitativa: ou você encontra maneiras de ter acesso a mais dinheiro ou corta algo ou mesmo fica sem algo (no caso de ter de vender algum bem).

Já a preocupação é algo abstrato, uma projeção de algo que não existe. É o que está passando na nossa cabeça, o que está ligado à imaginação e às emoções e não ao que está acontecendo aqui e agora: “e se eu não tiver o suficiente?”, “e se eu perder o que já conquistei?”, “tenho receio de mudar de trabalho e perder meu padrão de vida”.

Lidar com preocupações requer que observemos nossos padrões de pensamento e comportamento e que transformemos as ansiedades em questões específicas: quais são minhas preocupações com dinheiro? De onde elas vem? O que está por trás delas? O que eu quero para minha vida? De quanto dinheiro preciso para realizar meus objetivos? Dinheiro é o único meio?

Afinal, o que é dinheiro?

Como já falamos, dinheiro é um meio de troca, que nos confere um certo poder de compra.

Ele, por si só, não faz nada. Nós é que o transformamos em bens e experiências. Por outro lado, para ele ser gerado, é necessário trabalho. A rigor, então, temos:

TRABALHO gera DINHEIRO que se converte em BENS E EXPERIÊNCIAS

Assim é importantíssima a reflexão:

  • Em quais bens e experiências você tem convertido seu dinheiro?

  • Esses bens e experiências estão alinhados com seus valores, objetivos e estilo de vida?

  • Em quais atividades você tem empregado tempo e energia para serem transformadas em dinheiro? Tem feito sentido para você?

Esse ciclo está funcionando de maneira que te traga bem estar?

Em A energia do dinheiro, a socióloga Glória Maria Garcia Pereira afirma “o que você faz com o dinheiro é o que faz com sua vida!”. A maneira como nos relacionamos com ele requer um cuidado que no geral não fomos educados a ter. Ao contrário, ele muitas vezes é visto como vilão, como algo sujo, como um mal necessário e é revestido de muitos tabus e crendices.

Adotar outras lentes e enxergar nossa relação com dinheiro com olhos frescos é importante para criarmos um caminho de prosperidade em nossas vidas. Prosperar implica em seguir com aquilo que realmente aspiramos e que conversa com nosso coração. Significa nos comprometermos com o que realmente importa e muitas vezes isso é contrário a expectativas externas e nos traz medos e ansiedades. E tudo bem. Somos humanos. Uma vida plena não é isenta de termos que contabilizar alguns custos. Eles são parte do processo de fazermos uso de nossas capacidades, talentos e habilidades; de fortalecermos e trazermos à vida o melhor em nós.

Dinheiro até pode comprar os símbolos de felicidade e bem-estar, mas não compra suas causas. Olhar para elas é o melhor investimento que podemos fazer.

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